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Após roubos e homicídio, região da Vila Belga ganha câmeras de monitoramento

Camila Gonçalves

Foto: Charles Guerra (Diário)

Um dos legados históricos de Santa Maria, a Vila Belga, vai contar com a ajuda da tecnologia para garantir a segurança do patrimônio e dos moradores. Começou, na tarde desta quinta-feira, a instalação de seis câmeras que levarão imagens das ruas do conjunto habitacional aos órgãos de segurança e aos próprios moradores. Além das novas câmeras, outras quatro já existentes serão ligadas a uma plataforma para onde serão direcionadas as imagens. A iniciativa é da Associação de Moradores Ferroviários da Vila Belga.

Desta plataforma, todos os órgãos de segurança poderão ter acesso às imagens em tempo real. A previsão é que elas estejam em funcionamento até a próxima semana. A Associação vai estudar a necessidade da implantação de mais câmeras. A ideia inicial era que vinte aparelhos fossem fixados, mas, além das câmeras que irão para a plataforma, há outros dispositivos também privados que armazenam imagens e podem ser acessadas sob demanda.

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Para formalizar a cooperação com as forças de segurança, como Guarda Municipal, Brigada Militar, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros será proposto um convênio. Não será necessária a instalação de equipamentos nas sedes dos órgãos. O acesso às imagens é feito por uma interface acessada pela internet. As imagens ficam armazenadas na nuvem por sete dias.

Segundo a presidente da Associação, Mirna Floresta, o sistema será bancado com a mensalidade ou anuidade dos associados, e já ganhou adesão até de outras entidades. A medida foi tomada depois que foram furtadas lâmpadas, bojos, fios e outras partes de cerca de 15 luminárias de fiação subterrânea da Vila Belga, em junho. As luminárias foram implantadas em 2012 como arte de um projeto de revitalização da área executado pela prefeitura. O caso é investigado pela 1ª Delegacia de Polícia de Santa Maria. Uma das ações dos bandidos foi flagrada pelas câmeras.

- Em duas semanas conseguimos nos unir e efetivar a instalação das câmeras que é de muita importância para nossa segurança e tranquilidade, até para quem quer desfrutar de momentos de lazer aqui, como o Brique e passear em nossas ruas e pelo Mercado Público - contou Mirna.

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De acordo com Luciano Cardoma, diretor técnico da empresa que está implantando os equipamentos, as câmeras são de alta definição e é possivel obter imagens coloridas mesmo de cenas noturnas. Os 10 pontos de captura das imagens foram colocados nos acessos à Vila Belga. Ainda, conforme Cardoma, um grupo de empresários com estabelecimentos na Rua dos Andradas já implantou o mesmo software.

A preocupação com o patrimônio e a segurança tambem mobilizou os moradores e simpatizantes a criarem um grupo de WhatsApp para compartilhamento de informações de acontecimentos ou pessoas em atitudes suspeitas. Há cerca de 20 dias, mais de 70 pessoas, incluindo um contato da Guarda Municipal, estão na comunidade virtual.

INICIATIVA EM EXPANSÃO
Não são só os moradores da Vila Belga estão dispostos a investir em câmeras de segurança privada e compartilhar o conteúdo gerado com os órgãos de segurança. De acordo com o superintendente da Guarda Municipal, Sandro Nunes, outras lideranças já procuraram o órgão para tratar do compartilhamento de imagens para ajudar no combate à criminalidade. Além da associação da Vila Belga, a Associação Camobi Segura, em Camobi, na Região Leste trabalha em um projeto de implantação de câmeras. Ideias semelhantes também estão sendo desenvolvidas por membros da Associação de Empresas do Distrito Industrial, na Região Oeste de Santa Maria.

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Segundo a assessoria de comunicação da Secretaria de Segurança Pública do Estado, o espelhamento das imagens das câmeras privadas para os órgãos de segurança deve ser feito por meio de um acordo formal entre as partes. Foi publicada uma portaria no Diário Oficial do Estado, ontem, prevendo a criação dos Centros Integrados de Operações de Segurança (Ciops) em 25 municípios gaúchos, entre eles Santa Maria. Os Ciops devem centralizar as câmeras privadas e públicas para uso das forças policiais.

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